Mais um clássico de Robert Johnson, Love In Vain todavia ganhou fama ao ser reinterpretada pelos Rolling Stones em 1969. A letra fala sobre um dos tantos relacionamentos conturbados que Robert teve ao longo da vida.

Interpretação de Love In Vain

Enquanto outras músicas de Robert Johnson têm duplo sentido ou significados implícitos, Love In Vain é muito clara quanto a se tratar sobre o fim de um relacionamento.

And I followed her to the station – with her suitcase in my hand….Well, it’s hard to tell…. when all your love’s in vain. (E eu a acompanhei até a estação – com sua mala na minha mão…. Bem, é difícil dizer… quando todo o seu amor é em vão.)

A letra toda demonstra a profunda tristeza do autor e muito interessante é a metáfora contida no terceiro verso onde ele diz:

When the train, it left the station – with two lights on behind… Well, the blue light was my blues – and the red light was my mind. (Quando o trem deixou a estação – com duas luzes atrás … Bem, a luz azul era a minha tristeza – e a luz vermelha era a minha mente.)

Surpreendentemente, no último verso da letra ele cita até mesmo o nome de sua amada, Willie Mae, que anos mais tarde descobriu-se tratar de Willie Mae Powell. John Hammond, famoso bluesman se dedicou a descobrir mais sobre Robert Johnson e chegou a entrevistar Willie Mae Powell que não sabia sobre a citação de seu nome na música, mostrando-se inegavelmente surpresa com isso. Essa entrevista pode ser vista no documentário The Search for Robert Johnson produzido a fim de resgatar a história misteriosa de Robert Johnson.

Influência

A canção é claramente influenciada por When The Sun Goes Down de Leroy Carr na melodia tanto quanto na letra onde ambas expressam a tristeza pela perda da mulher amada. A música de Carr foi lançada em 1935 enquanto a de Robert foi gravada em 1937.

Equipamentos usados

Guitarra: Gibson Les Paul R9 afinada em A aberto (Open A: E A E A C# E).
Cordas: D’addario 010.
Slide: Aço inox de fabricação própria
Amplificador: Handmade com base no clássico Fender Tweed Princeton 5F2-A lançado originalmente no ano de 1959. Este amp foi feito pelo meu amigo Rômulo Carvalho.
Gabinete: 2 Celestion Vintage 30
Pedais: Suhr Riot (leve boost de ganho), Barber LTD SR e Electro-Harmonix Cathedral (reverb).
Microfones: Sennheiser MD 421 e Royer R-10

Violão: Martin 000-15M (todo em mogno)
Microfones: 2 Rode NT5

Microfone para a Voz: Electro Voice RE-20